Frederico Varandas anunciou, no passado dia 22 de setembro, que deseja a implementação do voto universal no Sporting, de forma eletrónica. A medida será discutida em Assembleia Geral no domingo, dia 8 de outubro, mas, para já, as opiniões do universo verde e branco não favorecem o Presidente.
Em declarações exclusivas ao Leonino, o Movimento Hoje e Sempre Sporting (liderado por Afonso Pinto Coelho, Roberto Carvalho e Vítor Afonso), Fernando Tavares Pereira, Samuel Almeida e Nuno Sousa, mostraram não estar totalmente de acordo com a ideia.
“Face à importância da AG de 8 outubro, defendemos que este tema deve ser amplamente debatido, pois o feedback que vamos recolhendo junto dos sócios é demonstrativo de uma enorme necessidade de esclarecimento. Por este motivo, entendemos que a votação só deveria iniciar-se após a apresentação e debate. Feitos os necessários esclarecimentos, as urnas abririam”, garantem.
O Movimento “é defensor do voto eletrónico pela internet, desde que estejam asseguradas a confidencialidade e a intransmissibilidade do mesmo. O que, no momento atual, não se verifica”, e apoia ainda “o envolvimento dos Núcleos em todas as AG’s”.
“O “Voto Universal” mais não é que o i-voting, mas quis assim a comunicação da Direção de Frederico Varandas renomear, pois foi esta a forma encontrada para que não se discutam as profundas alterações necessárias aos regulamentos, aos Estatutos e aos possíveis riscos da adoção desta forma de votar, que os há”, reiterou o antigo candidato à Presidência verde e branca
“É necessário haver uma completa confiança nas pessoas que lideram o processo desta proposta de alteração. Por tal, em nada ajuda a forma opaca e a pressa. Na verdade, tudo o que sabemos são princípios orientadores genéricos e fáceis de concordar, mas, tal como dizia Alexandre Dumas, ‘todas as generalizações são perigosas, inclusive esta'”, atirou.
O antigo dirigente do Sporting é bem explícito: “Não sou apologista. Julgo que há muito poucos países que adotaram este estatuto eleitoral. O sistema eleitoral do Sporting não é muito diferente daqueles que são usados para fins políticos”.
No entanto, Samuel Almeida é a favor de “colocar vários pontos eleitorais ao longo do país. Isso já resolvia uma boa parte das dificuldades que, de facto, o Clube não é apenas de Lisboa”.
Apesar de não se mostrar totalmente contra a medida, Fernando Tavares Pereira acredita que “os Núcleos podiam fazer um bom trabalho” com “uma votação a nível físico”. “Isto permitiria edificar e dignificar a imagem dos Sócios espalhados pelo país e pelo mundo, onde podiam fazer fisicamente a sua apresentação, a identificação e os votos, com certeza. Acredito ser mais fácil assim”, termina.
Certo é que a Assembleia Geral ficará marcada para o próximo dia 8 de outubro, domingo, com o tema a ser discutido pelos vários Sócios presentes. No entanto, para a medida ser levada a cabo é necessário, de acordo com os Estatutos do Sporting, ter, pelo menos 75% de aprovação.
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